sexta-feira, 17 de outubro de 2014









randy p. martin






















Ponho a mão do lado direito
da face: tapo um olho
e não é metade o que vejo
nem reduzo a tristeza a seja o que for.
E se descruzo as pernas e as volto a cruzar
não muda em nada a minha condição
porque apenas transito o físico da dor
e não a dor em si mesma
se é que se pode pôr as coisas assim.
Vou folheando o meu livro de horas
à procura de luz nas palavras: não há luz
nas palavras.
É. Talvez seja da luz, talvez seja de lá.
daniel jonas










o que sei do mundo é: uma casa voltada para o mar e o teu olhar a dizer-me - está tudo bem. dorme sossegada - nunca acreditei que o mundo me reservasse calma. dias tranquilos de chuva. corpo pousado no ar. olhar disperso entre nuvens - que a vida me desse um descanso tal que. fechando os olhos. ouvisse o mar. o sol. uma árvore inclinar-se sobre as paisagens e o teu rosto voltado para o meu - a felicidade é hoje como abrir o peito e deixar partir o coração. para sempre 



















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