quinta-feira, 11 de setembro de 2014

































laura makabresku

























se fosse como partir. deixar o corpo. fugir. por dentro do mundo correr com a vida - quando as noites assim frias. assim brancas. uma dor muito forte e o coração tão lento - que me deixes ir com os pássaros. em altos voos. cobrir de verde musgo os bosques. de azul celeste os céus. de branco puro as nuvens - adormeço e acordo com a certeza dos dias limpos. a morte não se faz deste sossego. a vida não se faz assim tão dura. entre vida e morte o tempo se constrói - que nenhum lugar ouse esquecer-te. que nenhum segredo abandone os teus lábios. para sempre o mesmo rosto. a mesma dor tão certa a construir futuro. como quem parte para sempre - sem coração.







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