terça-feira, 22 de julho de 2014










valentin chenaille
















O que a memória ama, fica eterno.
Te amo com a memória, imperecível.
adélia prado












o que não dei. com medo que tudo o que sou desapareça. é teu - o verão assim quente. o caminho para casa. os grilos no terraço. a luz de fim tarde. as dores no joelho. os olhos da avó. tudo o que não partilhei com medo que morresse. é teu - e este corpo. pele e osso. que só o norte conhece. é teu - e todos os silêncios que a boca reserva. como segredos que ninguém conta. são teus - os sonhos que tive. os amigos que perdi. o perdão que não dei. tudo o que dói. é também teu - este amor tão sem jeito. imperfeito. como nuvem no peito. é teu - às vezes também chove. é quando os meus olhos te pedem que me abraces e o corpo todo quieto










Sem comentários:

Enviar um comentário