quinta-feira, 8 de maio de 2014











mariam sitchinava














Que me quereis,
se me não dais
o que é tão meu?

eugénio de andrade









às vezes o silêncio ocupa todos os lugares e o coração. que não tem como falar. bate - os meses passam e eu ainda só - agora já aqui não estás e as paisagens de nada valem. nenhum olhar teu será destes montes. do verde musgo. do vento. vontade de ir céu adentro. para sempre - digo todos os nomes na esperança de que regresses. nenhuma palavra te tratá de volta. nenhum nome. nenhum corpo - quero gritar o teu corpo - com a cabeça no teu colo contavas-me segredos e eu prometia que não ia dizer a ninguém. desconfio que às vezes eram só histórias - quando assim estava. de olhos fechados. nenhum mundo me conhecia -















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