quarta-feira, 27 de novembro de 2013







laura makabresku








quero dizer-te: não morras.
Nem me digas quem és, quem foste, como sabes
a língua que se fala sobre a terra.
Ao lume lanço
toda a vontade de viver, ser vivo,
a cautela do ar, ardendo em torno.
Passarei, terás passado em mim, só quero
dizer-te: não morras nunca, agora, nunca mais.


antónio franco alexandre 









quero um corpo de encontro à pele. ainda que gele - esta beleza dói no abraço que não damos - sei de alguma beleza. guardada em lugares. pessoas. memórias. onde regresso quando me falta pele - e cresce no corpo uma vontade de ir. tão bela que dói. resgatar a pele dos braços que me faltam - no lugar do coração surge sargaço. e a terra. salgada de mar. faz crescer as árvores - ninguém nos vê. deste lado do peito. ninguém nos vê - espero que saibas que o caminho é uma vida inteira onde existimos.






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