quinta-feira, 5 de setembro de 2013


























laura makabresku







andávamos sem nos procurarmos,
 mas sabendo que andávamos
 para nos encontrarmos.

 júlio cortázar







a idade não perdoa e o corpo cresce - deixo esta casa para regressar aos vales da minha infância. uma nesga de vento nos cabelos. no rosto. no corpo. na pele fria. sob o olhar atento das madrugadas de agosto - não quero esquecer. o latidos dos cães nos primeiros dias de setembro e uma voz muito fina chamando o meu nome. como se só o meu nome existisse e o mundo fosse o medo de me perder - era tanto sol por entre as árvores que os ramos ardiam nos olhos das crianças e era como se a terra não existisse e tudo fosse só luz - quero morrer de encontro ao sol.








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