domingo, 11 de novembro de 2012





laura makabresku





entre o fumo e o domingo na tarde de novembro
e ter como futuro o asfalto e muita gente
e atrás a vida sem nenhuma infância
revendo tudo isto algum tempo depois
A tarde morre pelos dias fora
É muito triste andar por entre Deus ausente

ruy belo





- tu sabes como se precipita a tristeza em novembro. como os pés já frios de nada fogem. como à noite não adormecem os olhos - as memórias são como os dias. alegres e tristes. pela ausência. cada vez maior. de abraços - os corpos já cá não estão para uma conversa. nem a lareira se acende. não há cevada nas canecas. nem o pão leveda - pela tarde arrasto os braços. uma ânsia de descobrir o mundo. a certeza de ver morrer o coração - a certeza de ser novembro e precipitar-se a tristeza -




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