quinta-feira, 26 de julho de 2012




























nina sawinska








O mal vem aos rostos e mata o coração.
Tivemos de aprender a dor civicamente:
o olhar ferido por inexpressões
o assobio das faces carcereiras
essa armação da voz, as predações
 – e sempre tudo dentro
de espelhos verdadeiros, salões de festas, lustres…
  carlos poças falcão










é julho. de tempestade. lá fora o vento e a chuva e os dias quentes. não há onde guardar o coração - lembro-me de ti por ser verão. eram nossas as estações mais quentes - e tenho saudades tuas - tu corrias. o sol a estalar a pele. doce de marmelo. limonada. água fria.cevada com bolachas maria. dor nas pernas. escondidas. um baloiço - verde. muito verde - do que mais sinto falta é do teu sorriso. as gargalhadas e os vestidos curtos a bater na anca - dizias: na próxima vida quero ser um pássaro - e és. o mais livre pássaro que o mundo conhece. com o mais livre voo.




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