domingo, 20 de novembro de 2011













julie lansom






Na minha juventude antes de ter saído
da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido
Chegava o mês de maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer
Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer


ruy belo







- um dia percorria as nuvens quando encontrei um gigante. cabelos soltos pelas costas. olhar azul. muito azul céu quando está bom tempo. perguntei-lhe quem era. respondeu-me que não se dão nomes às estrelas - ainda acredito nas nuvens. nos gigantes que vivem nelas. das estrelas sem nome - como se fosse de noite. me doessem os olhos à luz e fechar as pálpebras fosse mais simples que o mar.


tudo o que queria era adormecer no mar alto. com sargaço colado à pele e a tristeza húmida de águas brandas











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