sexta-feira, 2 de setembro de 2011






















Rifa-se um coração
Que insiste em cometer
Sempre os mesmos erros.
Esse coração
Que erra, que briga, se expõe
Perde o juízo por completo
Em nome de causas e paixões. Sai do sério e, às vezes,
Revê suas posições
Arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido
Tantas vezes provocado
Tantas vezes impulsivo
Um coração para ser alugado
Ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes. Um coração abastado
Indicado apenas para quem quer viver intensamente.
E, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida
Defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração
Tão inocente
Que se mostra
Sem armaduras
E deixa louco
O seu usuário.
Um coração que, quando parar de bater, ouvirá seu usuário dizer:
“O senhor pode conferir, eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento,
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança,
Que insiste em não endurecer se recusa a envelhecer.”

clarice lispector












quanto te conheci tive a sensação que o futuro, em algum lugar, ainda que longe, faria sentido. sentisse eu a luta assim tamanha e tinha dito logo ali ao mundo, que era por ti. que era por ti que acreditava. porque eram pássaros nos teus olhos. e assim seriam para sempre: os pássaros, pê. os pássaros, corriam. no teu sorriso a verdade cresce. e cresce. e o mundo sempre tão pequeno para ela.quis outra cidade, nossa. com ruas com ouvidos com pessoas. perdoa-me não a ter encontrado. talvez essa cidade só exista nos meus sonhos. talvez nem exista. por ti dancei o samba, cantei com chico, vi clarice, me apaixonei. um dia, pê, levo os pássaros ao brasil.















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