terça-feira, 5 de julho de 2011

















e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia

al berto



- teu nome de ave dá pena ao meu. não ter-te perto dói. porquê. porquê morrer - que grandes voos te reservam as asas. que noite é esta onde te espero ainda. por que céu andas tu. se andas. se há céu - teu nome era grande. meu corpo todo cabia nele. esticado. estendido. como roupa que seca molhada na corda - e dizer-te outras palavras mais sábias e inteiras. que se dizem quando a vida já não faz sentido e é um absurdo esperar dias felizes. por se ser triste - eu sou triste -










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