segunda-feira, 6 de junho de 2011

























I… I used to make long speeches to you after you left. I used to talk to you all the time, even though I was alone. I walked around for months talking to you. Now I don’t know what to say. It was easier when I just imagined you. I even imagined you talking back to me. We’d have long conversations, the two of us. It was almost like you were there. I could here you, I could see you, smell you. I could hear your voice. Sometimes your voice would wake me up. It would wake me up in the middle of the night, just like you were in the room with me. Then… it slowly faded. I couldn’t picture you anymore. I tried to talk out loud to you like I used to, but there was nothing there. I couldn’t hear you. Then… I just gave it up. Everything stopped. You just… disappeared. And now I’m working here. I hear your voice all the time. Every man has your voice.

Paris, Texas





a gente sempre espera por um abraço. é quando a noite cai e o mundo sossega. essas memórias encontram-me. fomos tão felizes com os vestidos brancos de comunhão e o cheiro a cal. fomos tão felizes. a lenha a estalar na lareira. os melhores poemas do mundo. sabor a terra. e um silêncio de inverno. frio na soleira da porta. o teu andar. esse jeito de andar indiscreto e tardio. todos os passos vão ao teu encontro. teu rosto magro. parado na fotografia. que pele tão sã. que olhar tão manso. pergunto-me onde estarás. qu'é do teu avental de seda pura comprado a preço de ouro no pechisbeque. e as longas noites de chuva. a telha coberta de água. o branco sujo do vento. a casa voltada para o nascer do sol. e sol nem vê-lo. o banco ainda lá está. à tua espera. pequeno como são pequenos os bancos de gente pequena. a vista para o monte. os pinheiros mansos. a erva rasa. os pássaros sem norte. para onde fogem as árvores quando morrem. quem as espera. pergunto sempre por ti aos que partem talvez um dia regresses.














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