quinta-feira, 26 de maio de 2011















Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.

sophia de mello breyner





o barco roubou ao mar as maiores ondas. foi numa dessas noites. quando o rosto da menina figurou a melhor metáfora do escritor - um grito soterrado - quero escrever sobre o sol. o fundo do mar. sem peixes. a escuridão devolvida à pele - finalmente a sós. despeço-me de ti como se estivesse a escrever o melhor romance. com final feliz. melodrama de sintaxe imperfeita - guardo para amanhã o adeus. a última página. o rosto em claro voltado para a água. sem pronto socorro. nem nada. só uma luz muito pura a impede de ir.
















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