sábado, 30 de abril de 2011

















Que tristeza tão inútil essas mãos
que nem sempre são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono.

eugénio
de
andrade







. à boca da primavera. verde-água vivo na pele. a dor de não te dar a mão. sorrir. com a boca cheia dos nervos de não te ter. é o futuro. regressa com o vento. às paradas águas de maio. lembro o teu rosto. a pele dos dias vivos. uma saudade cresce no peito. como heras a subir muros. nenhum sonho é nosso. nenhum final feliz. e a nossa história é a certeza que a vida não perdoa.










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