sábado, 23 de abril de 2011



































e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia


al berto






nestes dias. ando doente. coração à tona de água. vai com a calda das manhãs frágeis. de vidro. parto. como os pássaros vou sobrevoando as nuvens. falta-me o ar. multiplicadas são as incertezas. uma nesga de tempo parada nos olhos. suponho ser desse tempo de ser feliz e sorrir alto. há canções que precisam ser cantadas. na margem do corpo semeio agora os dias. lugares férteis onde adormecer em paz. os dias passam e o coração fica. engomar a pele enrugada de gestos. adeus que me vou embora ó quietas tardes de abril. quero outro mês onde não chova nem falte ar ao coração.











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