segunda-feira, 25 de outubro de 2010
































esta noite dormi vestida e tive frio, um frio
feito de tudo com que atulhámos a distância.
rosa alice branco








Nada se modera nem se suaviza na memória, que imagina e adorna cada momento. Nada se despoja, salvo a indiferença. Antes dizia: não me esqueças; agora: esquece-me por favor. No esquecimento está a minha esperança, na recordação a minha tortura; mas o mais terrível de tudo é que prefiro a recordação ao esquecimento, e a tortura à esperança.
silvina ocampo









penso:
que tempo faz entre o que te digo e o que choro.
que há entre a pele e o toque.
o que fica para sempre.
que às voltas eu perco o coração.
às vezes era só ficar calada
para sempre.
fechar os lábios e não respirar.
para sempre.









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