sábado, 5 de setembro de 2009








falamos por cima das palavras, os gestos condensados junto ao corpo, há nos membros (inferiores e superiores) várias feridas, dessas que duram a eternidade, se ela for tão absurda quanto elas. a inexistência inebriante de vocábulos capazes, a não visão dilacerante dos gestos que se acumulam entre as artérias e as veias, recheados de sangue coalhado até ao interior do coração, é isto que absorvem as horas, esforcadas à raiz do corpo, longe do silêncio comprometedor que nos sufoca. se assim fossem todos os momentos também de nós se fariam desertos gélidos.

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