sábado, 29 de agosto de 2009

haviam no teu peito mil fontes
abertas sobre rosas tristes de velório.
havia uma fragata e um rio próximo, onde boiavam árvores mortas
e havia, na mais clara nitidez,
uma esperança, uma réstia de esperança,
onde se cravavam dores mais fundas
e onde corriam os juncos,
rio abaixo, até à queda altiva da água toda.
havia no teu peito um coração
perdido entre o que se diz quando se ama
e o que se perde ao partir.

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