sexta-feira, 14 de agosto de 2009

#211

podes ficar, só mais um pouco,
a debruçar na noite a minha ausência?

podes gritar-me que volte 
com as mãos suadas de orvalho,
amanhecer nos meus não-gestos?

podes ficar só mais um pouco
a mitigar as horas, 
ou vais agora? 

já não sabes como madrugar no meu corpo.

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