sábado, 25 de abril de 2009

#95

a vida nunca é como a imaginamos, nem breve o suficiente para que possamos decorá-la, nem longa o suficiente para que nos esqueçamos dela. a vida é um travesti a passear-se pela rua moribunda da cidade, o coração entre as penas do casaco que o vento arrastou cinco metros à frente, as mãos, sóbrias, agarram firmamente a seda dos lenços. a vida é a face desfigurada daquele que sabe sempre qual o passo que tem de dar a seguir.

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